terça-feira, 5 de maio de 2015

Dia 4: Surpresas à vista

Depois de um dia cansativo finalizado com a subida ao Cerro Martial, levantei cedo a tempo de pegar o café da manhã do hostel. Este foi o dia de me despedir do “casal do ABC”. Apesar do pouco tempo que passamos juntos, cerca de um dia inteiro, ficamos bem familiarizados. Após uma caminhada pela cidade parei para o almoço num pequeno restaurante chamado “Trattoria Martina”. Já estava terminando minha pasta quando me deparo com um grupo de senhores muito sorridentes e festivos. Logo pergunto se são brasileiros e dizem que são de Porto Alegre (aliás, nem precisariam dizer, rs). Além destes, que estão indo pro mesmo destino que eu (Torres del Paine), conheci também Carolina, uma paulistana muito simpática com a qual conversei até ela terminar o seu “raviolli de centolla” o caranguejo-rei tão conhecido por aqui.

- almoço: 153 pesos


De estômago cheio fui até uma pequena loja de lembranças para comprar pequenos presentes. Depois de muito caminhar, fui até o hostel descansar um pouco.

- 160 dólares: 2080 pesos

- compra de lembranças: 330 pesos


No hostel, permaneci por umas 3 horas dormindo. Depois disso voltei para a rua a fim de explorar um pouco mais a cidade. Acabei passando no mercado pra comprar algumas coisas caso decidisse fazer outro trekking. Já pela noite, fui até uma pequena “empanaderia” onde comprei algumas empanadas e uma Budweiser litro. Comi e bebi no hostel mesmo, assistindo a um jogo do campeonato argentino que não me recordo qual era, quando conheci Juan e Malena (ele de La Plata e ela de Buenos Aires). Me perguntaram se me “gustava mota”, e ofereceram-me um gole do seu “cafezito”, que na verdade era um Jack Daniels servido em xícaras de café pela falta de outros copos. Deram-me alguns cigarros (tabaco mesmo, não os industrializados) e conversamos bastante. No início da noite fomos a um pub chamado Dublin, e foi ali que descobri que essa não seria uma simples viagem. Quando chegamos ao pub, conversando com uma galera de Ushuaia, um dos caras, que se chamava Nicolas, comentou que estava preocupado por conta do desaparecimento de um parente seu. Foi quando me mostrou a foto no seu celular que descobri que o desaparecido se tratava do sr. Ariza, que no dia anterior havia conhecido na subida do Martial. De imediato o rapaz já ligou para a polícia e eu saí do pub, voltando pro hostel, perplexo pela notícia que havia recebido.

Assim que cheguei, contei a história ao recepcionista, me colocando a disposição para esclarecimentos junto à polícia, colaborando nas buscas. Em cinco minutos já estavam lá e fui levado até a Comisaría de Policia de Ushuaia. De imediato lhes contei a história e passei as fotos que havia tirado do senhor aos policiais. Com toda certeza essas foram as últimas tiradas do senhor, e isso me pesou muito. Colheram meu depoimento, e isso demorou cerca de duas horas. Retornei ao hostel às três da manhã, ainda sem digerir o ocorrido. 
- mercado: 102 pesos
- hostel (2ª diária): 200 pesos

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