Depois da experiência com a
polícia argentina, acordei cedo (antes do despertar do celular, que estava
programado para as 09h00min). Na cozinha, tomando café da manhã, encontrei
Malena e lhe contei a razão da minha saída repentina do pub na noite anterior.
Depois de uma breve conversa confirmamos nosso passeio à Laguna Esmeralda,
acompanhados por Juan, que havia conseguido o aluguel de um carro com
kilometragem livre e por um valor bem abaixo do que se costuma cobrar (graças a
um conhecido de Juan que nos ajudou). Saímos do hostel e fomos buscar o
veículo, um Renault Stepway, muito
mais do que esperávamos. Depois de pegar o carro com Fabián, um sujeito muito
louco com uma gargalhada muito característica, partimos pra nossa pequena
roadtrip pelo fim do mundo. A paisagem é exuberante, como nunca havia visto.
Nos locais próximos à costa, as árvores crescem tortas, devido ao forte e
intenso vento gelado, que não dá trégua nunca. Quanto ao casal, são muito “buena
onda”! Um tanto loucos, mas nada fora daquilo que já estou acostumado.
Rodando por todos os arredores de Ushuaia, ouvindo boa música (apresentando canções brasileiras aos dois), pude perceber que existem muitas pessoas que pensam como eu em muitos aspectos, fazendo com que me sentisse em sintonia com estas, mesmo vivendo realidades bem distintas umas às outras. Comemos queijo, salame, presunto e pão, que havíamos comprado no caminho. Depois de um dia todo rodando pelas cercanias da cidade e tirando fotos, voltamos ao hostel após um desentendimento do casal. Malena em dado momento da discussão abriu a porta do carro e saltou com o mesmo em movimento! Isso mesmo! Eu avisei que os dois eram um tanto “loucos”. Depois dessa treta vi que era o momento de eu seguir meu caminho, longe dos dois. Apesar de tudo, muito boas pessoas. Esse episódio final não poderia mudar a imagem que eu tinha formado dos dois. No retorno ao hostel, dividimos as despesas do dia e o casal continuou sua briga (ou sua reconciliação, rs) longe de mim. Resolvi dar uma volta pela cidade a fim de jantar e tomar uma cerveja. No fim do dia deixei as coisas preparadas para partir de madrugada (meu ônibus partiria as 04h30min).
Já ia me esquecendo: à tarde a
polícia veio até o hostel para que eu desse informações sobre o casal de
brasileiros que estavam comigo no momento da subida ao Cerro Martial, quando
conhecemos o Sr. Ariza. Novamente me levaram a “comisaría”, mas dessa vez foi jogo rápido. Estavam preocupados em
não fazer com que perdesse a minha programação de passeio a tarde. Não tenho
absolutamente nada a reclamar do tratamento recebido pelos policiais.
- hostel: 3ª diária: 200 pesos- divisão do passeio: 340 pesos
- jantar: 80 pesos
- 1 garrafa de Stella Artois litro: 50 pesos
Juan e Malena |
"Carancho", o nosso Carcará |
Parque Nacional Tierra del Fuego |
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