Na manhã deste dia acordei perto
das dez, preparei um café e logo comecei a atualizar este diário. Escrevi até o
horário do almoço, quando decidi que já estava a tempo demais dentro da casa,
além do fato de precisar sair pra comer alguma coisa. Decidi sair pela cidade
em busca de algo rápido pra comer. Parei numa padaria, comprei alguns croissants e sai comendo pela rua mesmo.
Saí caminhando pela Avenida Belgrano, uma das principais
avenidas da cidade. Após andar por várias quadras, creio que umas dez ou mais,
cheguei numa bifurcação e segui pela Avenida
Presidente Julio A. Roca, que me levaria diretamente a Plaza de Mayo, Calle Florida
e arredores, caminhos estes os quais já estava completamente habituado. Na Florida, aproveitei para trocar mais
alguns reais a fim de passar meus últimos dois dias na cidade com alguma
“folga” financeira.
Após fazer o câmbio, meu destino
seria o bairro da Recoleta, onde se
encontra o famoso cemitério que abriga os restos mortais de diversas figuras
famosas da Argentina, dentre elas, Evita
Perón. Após uma longa caminhada, parando nas praças, tirando fotos,
descansando, finalmente chego ao cemitério. Logo em sua entrada já podemos ver
várias vans com turistas chegando para visitas guiadas pelo interior do
cemitério. Comecei minha caminhada por aquele calmo espaço sem um rumo
definido, sem uma estratégia para visitar os túmulos. Ia fotografando os
mausoléus mais bonitos, que chamavam mais minha atenção.
Em dado momento, andando sem
rumo, percebo adiante um grande grupo de turistas parados em frente a um túmulo
todo em granito preto, onde estava escrito "FAMÍLIA DUARTE". Se
tratava do túmulo de Evita Perón. Aproximei-me, e ali esperei que aquele grupo
continuasse sua visita guiada pelo cemitério, pra que eu pudesse tirar minhas
fotos com tranquilidade, sem ninguém me apressando pra poder tirar sua “selfie”
ao lado da lápide de Evita. O túmulo apresenta várias placas em sua homenagem,
de sindicatos como o dos motoristas de táxi da capital federal, municípios e
outros setores civis, nos dando a perspectiva da quão amada era Evita pelos
cidadãos de Buenos Aires.
Depois de alguns minutos por ali,
segui minha visita ao cemitério. Vários mausoléus chamam a atenção pela beleza
e grandiosidade, levando-me a pensar a importância de tais famílias na história
da cidade. Sobrenomes como Magnetto,
Avellaneda, Mitre, Sarmiento entre outros, muito conhecidos na cultura
argentina, foram vistos por lá. Depois de caminhar por algumas horas por ali,
decidi sair do cemitério a fim de descansar numa praça logo em frente, a Plaza Francia. Ali encontrei uma sombra
junto a uma árvore e me deitei. Dormi por cerca de uma hora. Assim que
despertei, assustado por ter adormecido ali na rua, resolvi que era hora de
começar o caminho de volta, que seria longo.
Antes de ir pra casa, passei em San
Telmo pra tomar
uma com o Filipe, pois ainda não tinha conhecido os bares daquela região.
Paramos numa loja de camisetas de futebol antigas e ficamos pirando com algumas raridades
encontradas por ali, sem comprar nada. Paramos num pub polonês
chamado Krakow. Havia uma promoção de
happy hour que a cada chopp pedido
ganhava outro, das 18 às 21hs. A porção de batatas do lugar é brutal, alimenta
mesmo! Depois de comer e beber como um doido, saímos dali, tirei minha foto com
a Mafalda (que agora é acompanhada pelos seus amigos) e peguei o bus de volta
pra casa.
Facultad de Ingeniería |
Túmulo de Evita Perón |
Plaza Francia |
Mafalda e seus amigos em San Telmo |