segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Dia 24



Na manhã deste dia acordei perto das dez, preparei um café e logo comecei a atualizar este diário. Escrevi até o horário do almoço, quando decidi que já estava a tempo demais dentro da casa, além do fato de precisar sair pra comer alguma coisa. Decidi sair pela cidade em busca de algo rápido pra comer. Parei numa padaria, comprei alguns croissants e sai comendo pela rua mesmo.



Saí caminhando pela Avenida Belgrano, uma das principais avenidas da cidade. Após andar por várias quadras, creio que umas dez ou mais, cheguei numa bifurcação e segui pela Avenida Presidente Julio A. Roca, que me levaria diretamente a Plaza de Mayo, Calle Florida e arredores, caminhos estes os quais já estava completamente habituado. Na Florida, aproveitei para trocar mais alguns reais a fim de passar meus últimos dois dias na cidade com alguma “folga” financeira.



Após fazer o câmbio, meu destino seria o bairro da Recoleta, onde se encontra o famoso cemitério que abriga os restos mortais de diversas figuras famosas da Argentina, dentre elas, Evita Perón. Após uma longa caminhada, parando nas praças, tirando fotos, descansando, finalmente chego ao cemitério. Logo em sua entrada já podemos ver várias vans com turistas chegando para visitas guiadas pelo interior do cemitério. Comecei minha caminhada por aquele calmo espaço sem um rumo definido, sem uma estratégia para visitar os túmulos. Ia fotografando os mausoléus mais bonitos, que chamavam mais minha atenção.



Em dado momento, andando sem rumo, percebo adiante um grande grupo de turistas parados em frente a um túmulo todo em granito preto, onde estava escrito "FAMÍLIA DUARTE". Se tratava do túmulo de Evita Perón. Aproximei-me, e ali esperei que aquele grupo continuasse sua visita guiada pelo cemitério, pra que eu pudesse tirar minhas fotos com tranquilidade, sem ninguém me apressando pra poder tirar sua “selfie” ao lado da lápide de Evita. O túmulo apresenta várias placas em sua homenagem, de sindicatos como o dos motoristas de táxi da capital federal, municípios e outros setores civis, nos dando a perspectiva da quão amada era Evita pelos cidadãos de Buenos Aires.



Depois de alguns minutos por ali, segui minha visita ao cemitério. Vários mausoléus chamam a atenção pela beleza e grandiosidade, levando-me a pensar a importância de tais famílias na história da cidade. Sobrenomes como Magnetto, Avellaneda, Mitre, Sarmiento entre outros, muito conhecidos na cultura argentina, foram vistos por lá. Depois de caminhar por algumas horas por ali, decidi sair do cemitério a fim de descansar numa praça logo em frente, a Plaza Francia. Ali encontrei uma sombra junto a uma árvore e me deitei. Dormi por cerca de uma hora. Assim que despertei, assustado por ter adormecido ali na rua, resolvi que era hora de começar o caminho de volta, que seria longo.



Antes de ir pra casa, passei em San Telmo pra tomar uma com o Filipe, pois ainda não tinha conhecido os bares daquela região. Paramos numa loja de camisetas de futebol antigas e ficamos pirando com algumas raridades encontradas por ali, sem comprar nada. Paramos num pub polonês chamado Krakow. Havia uma promoção de happy hour que a cada chopp pedido ganhava outro, das 18 às 21hs. A porção de batatas do lugar é brutal, alimenta mesmo! Depois de comer e beber como um doido, saímos dali, tirei minha foto com a Mafalda (que agora é acompanhada pelos seus amigos) e peguei o bus de volta pra casa. 
Facultad de Ingeniería

Túmulo de Evita Perón



Plaza Francia

Mafalda e seus amigos em San Telmo

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