No dia de partir pro parque,
levantei às 06h20min, tomei um banho pra despertar da noite mal dormida, tomei
café e partimos pro terminal rodoviário com uma van do hostel. Chegando lá
encontrei os brasileiros de Juiz de Fora que havia conhecido no mercado na
noite anterior. Fomos no mesmo ônibus para o parque, assim formou-se a
parceria. Depois de pouco menos de duas horas de viagem, chegamos ao tão
aguardado Parque Nacional Torres del Paine, na portaria chamada Laguna Amarga. Na entrada tivemos de
fazer um registro, pagando pelos tickets e assistindo a um rápido vídeo de
instrução, no qual a principal informação era sobre os locais de onde se
poderia fazer fogo. Isso se deve a um incêndio de grandes proporções que foi
desencadeado justamente por algum visitante desinformado e irresponsável,
devastando grandes áreas. Também fomos alertados à força do vento, que em
alguns locais específicos, é capaz de carregar uma pessoa, ocasionando graves
acidentes.
Tendo assistido ao vídeo,
estávamos livres para começar a trilha. Como na nossa chegada o tempo estava
ruim e as torres encontravam-se encobertas pelas nuvens, decidimos começar pelo
outro lado. Para isso tomamos o mesmo ônibus que nos trouxe até a entrada do
parque, indo até um local chamado Pudeto.
De lá teríamos que tomar um catamarã até o início do circuito. Aguardamos por
duas horas pelo mesmo, pois o primeiro que saiu já não tinha mais vagas para
todos nós. Nesse tempo de espera pela próxima embarcação conversamos bastante e
demos muitas risadas, mostrando aos gringos como são os brasileiros. Mesmo não
compreendendo o que conversávamos, se mostravam receptivos, como se rissem de
nossas piadas e quisessem participar da nossa conversa.
- entrada no Parque: 8000 pesos
chilenos
- ticket do catamarã: 15000 pesos
chilenos
Depois da espera tomamos o
catamarã, que cruzaria o Lago Pehoé, nos deixando no Acampamento Paine Grande. No lago, de
águas azul turquesa, podemos apreciar uma visão em 360° do parque, com destaque
para as cadeias de montanha que creio eu, sejam o principal atrativo desta área
de preservação. Depois de uns 30 minutos, chegamos ao local do início da
caminhada. Teríamos pela frente uma caminhada de oito horas (aproximadamente 21 km) até o Acampamento Paso, onde poderíamos
acampar e acender o fogareiro para uma refeição quente. Não foi nada fácil caminhar
entre subidas e descidas com uma mochila de aproximadamente 12 kg nas costas. No meu
caso, o que incomodou bastante foi a adaptação ao peso da mochila e também sua
regulagem. No fim do dia estava exausto. Montei minha barraca e preparei algo
pra comer. Na sequência nem quis saber de banho, tamanho era o cansaço.
Lago Pehoé |
Lago Grey |
Tais, Dudu, Rafa e Marcelo |
Minha barraca, armada no Acampamento Paso |
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