segunda-feira, 4 de maio de 2015



Dia 3: Desembarque em Ushuaia:

Após uma longa espera no aeroporto depois do furo com a Anita e um sono de duas horas no chão, é chegada a hora do embarque pra Ushuaia. Tudo foi tranqüilo, não via a hora de embarcar e sair daquele aeroporto. Dormir no chão não foi a experiência mais agradável do mundo. Instantes antes de embarcar reconheci o ex-técnico da seleção argentina Alejandro Sabella, que olhou o horário de seu vôo num dos monitores e seguiu caminhando. Assim que embarquei já dormi, tamanha a coxação.
A paisagem lá de cima é sensacional. Ver a Cordilheira dos Andes, chegando em Ushuaia, é uma visão que dificilmente sairá da minha cabeça, ainda mais se tratando de mim, um brasileiro pouco acostumado com este tipo de paisagem, embora tivesse sido conquistado pela mesma a quatro anos atrás. Assim que cheguei em Ushuaia passei a ver como iria ao centro da cidade.  Na busca por um táxi conheci um casal de brasileiros, Adalberto e Eunice. Nos juntamos para dividir a despesa, mas a parceria não parou por aí. Caminhamos um pouco pela cidade e fomos até um cassino fazer câmbio de moeda.

- 100 dólares; 1300 pesos


Após o câmbio buscamos um lugar pra almoçar. Achamos um local que servia pasta (macarrão), pizza, filé, entre outras coisas, o que é muito comum por lá. De barriga cheia e um pouco mais familiarizados, pegamos as mochilas e fomos procurar um hostel. Acabamos optando pelo “Los Lupinos”, depois de cotar preços em outros e ver que não variava muita coisa. Muito boa a estrutura pra mim, que não liga muito pra luxo.
- Hostel; 200 pesos


Hospedados, tomamos um banho, deixamos as mochilas e partimos pra conhecer um pouco mais da cidade. Muitas fotos depois decidimos nos preparar para um trekking ao Cerro Martial. Compramos água e algumas barras de cereal e partimos. A caminhada seria de duas horas. Recomenda-se que se pegue um táxi até a saída da cidade. Nós, não conhecendo muito o processo, fomos a pé. Partimos umas 18h00min, o que não tinha muito problema, levando em conta que por lá escurece por volta das 22h00min. Na subida fomos acompanhados em grande parte do trajeto por um senhor de 89 anos, chamado Pedro Nolasco Ariza, um exemplo de vida por sua disposição. Mal sabia àquilo que o destino teria reservado praquele senhor naquele dia. A todo o momento me preocupava com ele, oferecendo água, perguntando sobre sua condição física, enfim, conversando! Num dado momento percebemos que ele já estava um pouco cansado, sendo assim nos oferecemos a pedir uma carona pra ele até a entrada da cidade. Tentamos mas ninguém parou. O senhor então começou sua descida, mas não pela estrada a qual seguíamos, e sim por uma trilha lateral que sabíamos cortar caminho (embora fosse mais difícil). Chegando até o máximo do caminho que poderia se fazer com segurança, descansamos por uns 10 minutos, contemplando a beleza e iniciamos a descida, pois uma chuva estava se armando e a noite já começaria a cair. A ideia era chegar ao ponto de início do trekking e chamar um táxi para a volta. Como já era tarde, tudo estava fechado na montanha e não tivemos como chamar por um. Descemos a pé, chegando na cidade em frangalhos. Comemos no primeiro local que vimos aberto e fomos dormir, próximos das 00:00.
- almoço; 80 pesos
- compra para subir ao Martial; 20 pesos
- compra de passagem p/ Puerto Natales; 930 pesos*
*valor do trecho todo, que passaria por Porvenir, Rio Grande, Punta Arenas e Purto Natales
- jantar após descida do Martial; 100 pesos



Calle San Martin

Sr. Pedro Ariza

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